Sem palavras! Essa é a minha sensação após a profusão de sentimentos belos e fortes que emergiram em mim no último capítulo de Joia Rara. Sem palavras porque nesse instante as palavras são insuficientes para expressar tanta plenitude, a satisfação de ser humano e poder apreciar algo que fala direto ao coração e à alma.
A novela toda foi primorosa, uma história relatada com qualidade e refinamento, nos mínimos detalhes, desde a escolha dos atores e personagens, os cenários fiéis à época e as músicas, provenientes do que temos de melhor em nossa cultura.
Assistindo ao último capítulo lembrei-me de uma palavra em sânscrito que se chama “satsang”. Satsang significa “a companhia dos bons” e segundo a filosofia indiana se refere a todas as formas de relacionamento que temos com o mundo, ou seja, nossos cinco sentidos, bem como nossos sentimentos e formas de conexão mais sutis. A companhia dos bons se refere, assim, ao que comemos, vemos, tocamos, cheiramos, ouvimos, a tudo de que nos alimentamos, em um sentido mais amplo.
Joia Rara sem dúvida foi “satsang”. Em toda a sua grandeza e abrangência. Apresentou personagens que, como os deuses nas histórias da Índia, têm seus aspectos de fortaleza, mas também de fraqueza, assim como nós seres humanos. Personagens complexos, como na vida real, e por isso, belos. E demonstrou a prática do perdão e da compaixão de forma concreta, verdadeira e possível.
Os cinco valores humanos em ação: Verdade – Amor – Retidão – Paz – Não Violência. Talvez uma poesia possa melhor expressar a gratidão que sinto por ser brasileira e por ter tido a oportunidade de ver uma obra prima em minha língua natal:
Ao cair da tarde
Satsang
Preciosa ambrosia
Para a alma e o coração.
Muito obrigada às autoras e a todos que fizeram parte de Joia Rara.
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